segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Literatura no cinema
Há inúmeros casos onde um livro, uma peça de teatro, ou até mesmo um trecho da bíblia são adaptados da literatura para a sétima arte, algumas adaptações ficaram muito boas, e muito famosas, algumas vezes pela sua fidelidade à versão original, outras vezes mudam grosseiramente detalhes importantes, a única constante é que nunca irão acabar as adaptações do papel para as câmeras.
A diferença que parece se manter em quase todos os casos, é a maior riqueza de detalhes nos livros. Muitos filmes pulam várias partes do livro para não exceder o tempo médio de um filme, e muitos filmes, também não prestam tanta atenção aos detalhes, isso faz com que a vasta maioria das pessoas que leem um livro e depois veem o filme adaptado prefiram o livro.
O fato de fazerem filmes à partir de livros é interessante em vários aspectos, inclusive para muitas pessoas que não têm tempo de ler todos os livros que gostariam, mas também gera certa preguissa nas pesoas menos acostumadas com a leitura, que preferem passar uma hora e meia vendo um filme dinâmico e cheio de ação a passar horas e horas lendo um livro. A literatura de hoje em dia não tem metade da sua importância do passado, e a tendência é que ela fique cada vez menos relevante, e perca espaço para a televisão e a internet na medida que gerações mais ignorantes e menos cultas surjam. Pessoas leem cada vez menos, os jovens não têm gosto pela leitura, a educação pública é ruim, talvez as adaptações para o cinema sejam apenas uma consequência do que a nossa sociedade se torna a cada ano, só saberemos no futuro, o que sabemos hoje, é que elas vieram para ficar.

Adjunto adnominal

Adjunto adnominal

Revisando conceitos
O adjunto adnominal (Ad Adn pode ser representado por palavras ou locuções de valor adjetivo que acompanhem um núcleo substantivo em qualquer função sintática. (conf. Gama Kury (1985).

As classes gramaticais que funcionam como Ad Adn são: artigos, pronomes adjetivos, adjetivos, locução ou expressão adjetiva, numeral.
Exemplos:
O lápis é do meu amigo. (artigo definido) (pronome adjetivo)
Paulo é um garoto inteligente. (artigo indefinido) (adjetivo)
A professora defendeu os direitos dos alunos e também dos professores. (locução adjetiva)
Ela providenciou um prêmio justo. (artigo)
Tinha olhos azuis, pele aveludada e cabelos escuros. (adjetivo)
(Todas as palavras grifadas são Adjuntos Adnominais e estão representados pelas classes gramaticais indicadas dentro dos parênteses.)

O Adjunto Adnominal
1. Liga-se a 'substantivos concretos' de raiz não-verbal, indicando espécie, origem, qualidade, matéria, delimitação (com função adjetiva):

folha de coqueiro (espécie)
doce de leite (origem)
homem de coragem (qualidade)
espeto de pau (matéria)
café da manhã (delimitação)
animais do mar (marinhos)
cor do céu (celeste)
2. Liga-se a substantivos abstratos e estabelece relação de subjetividade , ou seja, com função de sujeito. Indica o 'agente' da ação expressa pelo nome. Pode também ser o sujeito do processo ou do estado:

A chegada do presidente (ação) (= O presidente chega)
Corrida de javalis (ação) (= Os javalis correm)
A queda da bolsa (processo) (= A bolsa caiu)
O orgulho dos infelizes (estado) (= Os infelizes são orgulhosos)
A impaciência dos apressados (estado) (= Os apressados são impacientes)

3. Quando a expressão DE+N0ME que gravita o substantivo núcleo puder ser trocada por um cognato adjetivo do nome - será sempre Adj. Adn. Exemplos:

Correntes do mar (= marítimas)
Luzes cor de ouro (= áureas)
Cantigas de Natal (= cantigas natalinas)

4. Ampliando o item 3, pode-se dizer que o Ad Adn caracteriza-se como agente em relação ao substantivo núcleo. Exemplos:

A chegada do frio. (= O frio chegou)
Foi notável a velocidade dos atletas. (= Os atletas são velozes)

Adjunto adnominal e adverbial

Adjunto adverbial é outro termo acessório da oração, como o adjunto adnominal, dentro da análise sintática. Vejamos um exemplo, do Hino Nacional:


Folha Imagem


No segundo verso, temos a expressão conquistar com braço forte.
Podemos notar como a expressão com braço forte intensifica o sentido do verbo conquistar.
O termo que intensifica o sentido de verbo, de um adjetivo ou de um advérbio recebe o nome de adjunto adverbial. No exemplo acima, com braço forte é um adjunto adverbial de modo.
Vamos a outros exemplos, todos do Hino Nacional Brasileiro.


Folha Imagem


Podemos reparar na grande quantidade de adjuntos adverbiais que acompanham o adjetivo deitado e o verbo fulguras:


Folha Imagem


Todos esses adjuntos adverbiais especificam o modo como a nossa nação se apresenta, em meio a seus esplêndidos recursos naturais.
Há inúmeros tipos de adjunto adverbial, o que torna difícil fazer uma classificação exata. Observe os advérbios e locuções adverbiais no exemplo abaixo. São todos adjuntos adverbiais de modo:


Folha Imagem


Os adjuntos adverbiais podem indicar diversas outras circunstâncias.


Adjunto adverbial
Exemplo
lugar
Cantei na escola.
tempo
Nós nos apresentamos ontem.
modo
Cantamos com toda a energia!
fim
Os alunos cantaram em homenagem à Semana da Pátria.
matéria
O coro era de 120 vozes.


Esses são apenas alguns exemplos.
Até que o adjunto adverbial não é difícil de entender, não é?

Postado por: Pedro Tadaiti

Adjunto Adverbial

Adjunto Adverbial

Bom, o Youtube as vezes parece um lugar onde você acha atualidades, coisas inúteis e muito mais... Mas, se você fizer a pesquisa certa você pode achar vídeo aulas que são muito interessantes e as vezes você entende conteúdos escolares que você não entendeu na aula!

Sendo assim aqui temos uma vídeo aula sobre nosso tema:


Parte I



Parte II



Divirtam-se, é realmente explicativa essa vídeo aula!

Poema parnasianista

Ser moça e bela ser

Ser moça e bela ser, por que é que lhe não basta?
Porque tudo o que tem de fresco e virgem gasta
E destrói? Porque atrás de uma vaga esperança
Fátua, aérea e fugaz, frenética se lança
A voar, a voar?...
Também a borboleta,
Mal rompe a ninfa, o estojo abrindo, ávida e inquieta,
As antenas agita, ensaia o vôo, adeja;
O finíssimo pó das asas espaneja;
Pouco habituada à luz, a luz logo a embriaga;
Bóia do sol na morna e rutilante vaga;
Em grandes doses bebe o azul; tonta, espairece
No éter; voa em redor, vai e vem; sobe e desce;
Torna a subir e torna a descer; e ora gira
Contra as correntes do ar, ora, incauta, se atira
Contra o tojo e os sarcais; nas puas lancinantes
Em pedaços faz logo às asas cintilantes;
Da tênue escama de ouro os resquícios mesquinhos
Presos lhe vão ficando à ponta dos espinhos;
Uma porção de si deixa por onde passa,
E, enquanto há vida ainda, esvoaça, esvoaça,
Como um leve papel solto à mercê do vento;
Pousa aqui, voa além, até vir o momento
Em que de todo, enfim, se rasga e dilacera.
ó borboleta, pára! ó mocidade, espera!
Postado por Pedro Tadaiti

Poesia Parnasianas

Parnasianismo brasileiro


Na segunda metade do século XIX, o contexto sociopolítico europeu mudou profundamente. Lutas sociais, tentativas e revolução, novas idéias políticas, científicas... O mundo agitava-se e a literatura não podia mais, como no tempo do Romantismo, viver de idealizações, do culto do eu e da fuga à realidade. Era necessária uma arte mais objetiva, que atendesse ao desejo do momento: o de analisar, compreender, criticar e transformar a realidade. Como resposta a essa necessidade, nascem quase ao mesmo tempo três tendências anti-românticas na literatura, que se entrelaçam e se influenciam mutuamente: o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo.

Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se voltavam para o exame da realidade, o Parnasianismo representou na poesia o retorno à orientação clássica, ao princípio do belo na arte, à busca do equilíbrio e da perfeição formal.

Os parnasianos acreditavam que o sentido maior da arte reside nela mesma, em sua perfeição, e não no mundo exterior.

Se examinarmos a seqüência histórica da arte e da literatura, veremos que elas se constroem a partir de ciclos. O homem está sempre rompendo com aquilo que considera ultrapassado e propondo algo novo Contudo, esse novo, muitas vezes, não passa de algo ainda mais velho, revestido de uma linguagem diferente.

Assim foi o Parnasianismo no Brasil, na década de 80 do século XIX. Depois da revolução romântica, que impôs novos parâmetros e valores artísticos, surgiu em nosso pais um grupo de poetas parnasianos que desejava restaurar a poesia clássica, desprezada pelos românticos.

Os parnasianos achavam que certos princípios românticos, como a busca de uma poesia mais acessível, da paisagem nacional, de uma língua brasileira, dos sentimentos, tudo isso teria feito perder as verdadeiras qualidades da poesia. Em seu lugar propõem, então, uma poesia objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista, perfeita do ponto de vista formal e voltada a temas universais.

A “arte pela arte”

Apesar de contemporâneos, o Parnasianismo difere profundamente do Realismo e do Naturalismo. Enquanto esses movimentos se propunham a analisar e compreender a realidade social e humana, o Parnasianismo se distancia da realidade e se volta para si mesmo. Defendendo o princípio da “arte pela arte”, os parnasianos achavam que o objetivo maior da arte não é tratar dos problemas humanos e sociais, mas alcançar a “perfeição” em sua construção: rimas, métrica, imagens, vocabulário seleto, equilíbrio, controle das emoções, etc.

Observação: “Arte sobre a Arte”

Distanciados dos problemas sociais, alguns parnasianos dedicam-se a tematizar em seus poemas a própria arte. Por exemplo, descrevem com precisão obras de arte, como vasos, peças de escultura, lápides tumulares, bordados, etc. Nesse caso, trata-se de uma restrição ainda maior do princípio da “arte pela arte”, que se transforma em “arte sobre a arte”.

A influência clássica

A origem da palavra Parnasianismo associa-se ao Parnaso grego, segundo a lenda, um monte da Fócida, na Grécia central, consagrado a Apolo e às musas. A escolha do nome já comprova o interesse dos parnasianos pela tradição clássica. Acreditavam que, assim, estariam combatendo os exageros de emoção e fantasia do Romantismo e, ao mesmo tempo, garantindo o equilíbrio desejado, por se apoiarem nos modelos clássicos.

Contudo a presença de elementos clássicos na poesia parnasiana não ia além de algumas referências a personagens da mitologia e de um enorme esforço de equilíbrio formal. Pode-se afirmar que não passava de um verniz que revestiu artificialmente essa arte, como forma de garantir-lhe prestígio entre as camadas letradas do público consumidor brasileiro.

A “Batalha do Parnaso”

As idéias parnasianas já vinham sendo difundidas no Brasil desde os anos 70 do século XIX. Contudo foi no final dessa década que se travou no jornal Diário do Rio de Janeiro uma polêmica literária que reuniu, de um lado, os adeptos do Romantismo e, de outro, os adeptos do Realismo e do Parnasianismo. O saldo da polêmica, que ficou conhecida como Batalha do Parnaso, foi a ampla divulgação das idéias do Realismo e do Parnasianismo nos meios artísticos e intelectuais do país.

A primeira publicação considerada parnasiana propriamente dita é a obra Fanfarras (1882), de Teófilo Dias. Entretanto caberia a Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho e Francisca Júlia o papel de implantar e solidificar o movimento entre nós, bem como definir melhor os contornos de seu projeto estético.

Observação: abolicionismo, república e vasos gregos

Vale lembrar que o Parnasianismo se firmou no Brasil na década de 80 do século XIX. Nesse momento se davam as lutas sociais decisivas pela abolição da escravatura e pela república. Apesar disso, o parnasiano Alberto de Oliveira afirmou: “Eu hoje dou a tudo de ombros, pouco me importam paz ou guerra e não leio jornais”. Distante dos problemas sociais, Alberto de Oliveira descreve então seu “Vaso grego”.

A linguagem da poesia parnasiana

A poesia parnasiana pretende ser universal. Por isso utiliza uma linguagem objetiva, que busca a contenção dos sentimentos e a perfeição formal. Seus temas são, igualmente, universais: a natureza, o tempo, o amor, objetos de arte e, principalmente, a própria poesia.

Observação: a máquina de fazer versos

O poeta modernista Oswald de Andrade, em seu Manifesto da Poesia Pau-Brasil, desfere várias críticas aos poetas parnasianos, dentre as quais a rigidez formal excessiva e a falta a liberdade no ato da criação poética. Diz ele, ironicamente: “Só não me inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano”.

(In Literatura Brasileira, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, Editora Atual, 1995)

Cronologia

Início: 1882, publicação do livro Fanfarras, de Teófilo Dias.

Término: 1893, início do Simbolismo no Brasil.

Principais escritores:

Olavo Bilac

Raimundo Correia

Alberto de Oliveira

Vicente de Carvalho

Adjunto Adverbial

Adjunto Adverbial

É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:

Eles se respeitam muito.

Seu projeto é muito interessante.

O time jogou muito mal.

Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.

Veja o exemplo abaixo:

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:

amanhã indica tempo;

de bicicleta indica meio;

àquela velha praça indica lugar.

Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.
O adjunto adverbial pode ser expresso por:

1) Advérbio: O balão caiu longe.

2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.

3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.

Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas.

Por Exemplo:

Entreguei-me calorosamente àquela causa.

É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais.